As palavras as vezes ficam empacadas.
Não saem quando as quero no ar ou no papel,
vibrando no ouvindo de alguem
ou enchendo as pupilas de letras e imagens.
Palavras que parecem ter vida e vontade proprias,
que dizem o que querem dizer por si proprias,
que são totalmente indiferentes aos meus desejos,
às minhas vontades, às minhas idéias.
Quando surgem, quando se libertam do autocárcere,
o fazem causando um transtorno imenso a mim.
Me torno refém, mas sou visto como autor
e sofro todas as consequencias dos seus atos e gestos
e formas e mensagens e estilo e...